domingo, dezembro 31, 2006

Mais um ano

passos lentos pelo corredor, é possível sentir o peso da

caminhada apenas pelo ritmo fúnebre imposto pelo indivíduo que

anda sem direção.

enquanto eu vou no sentido contrário vendo apenas um vulto se

aproximando, só pude identificar o chapéu, estilo Almir Sáter,

violeiro do Pantanal.

finalmente chega o momento em que eu vou passar lado a lado com o

indivíduo sombra, fixo o olhar em seu rosto, mas o chapéu não me

deixa ver mais do que um simples olhar indiferente.

quem é essa pessoa? Pergunto-me um tanto quanto intrigado. Onde

estou? já um pouco deseperado, já sei! Acho que estou em um

sonho, como faço para acordar?

que dia é hoje? Véspera de ano novo, agora me lembrei, as pessoas

nas ruas estão todas de branco pedindo paz e eu aqui dormindo.

Mais um ano e eu deixei de viver alguns dias.

por Felepi

Um comentário:

Anônimo disse...

sonhos não passam de sonhos, o importante é se sentir útil, o que nem sempre é possível.