passos lentos pelo corredor, é possível sentir o peso da
caminhada apenas pelo ritmo fúnebre imposto pelo indivíduo que
anda sem direção.
enquanto eu vou no sentido contrário vendo apenas um vulto se
aproximando, só pude identificar o chapéu, estilo Almir Sáter,
violeiro do Pantanal.
finalmente chega o momento em que eu vou passar lado a lado com o
indivíduo sombra, fixo o olhar em seu rosto, mas o chapéu não me
deixa ver mais do que um simples olhar indiferente.
quem é essa pessoa? Pergunto-me um tanto quanto intrigado. Onde
estou? já um pouco deseperado, já sei! Acho que estou em um
sonho, como faço para acordar?
que dia é hoje? Véspera de ano novo, agora me lembrei, as pessoas
nas ruas estão todas de branco pedindo paz e eu aqui dormindo.
Mais um ano e eu deixei de viver alguns dias.
por Felepi
Um comentário:
sonhos não passam de sonhos, o importante é se sentir útil, o que nem sempre é possível.
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